14 de maio, de 2019 | 17:00

Vale do Aço terá atos da paralisação geral da Educação

Universidades, institutos federais e escolas de vários estados irão aderir ao movimento

Tiago Araújo
Representantes de sindicatos informaram em entrevista à imprensa que os atos serão realizados em Ipatinga, Timóteo e Belo Oriente Representantes de sindicatos informaram em entrevista à imprensa que os atos serão realizados em Ipatinga, Timóteo e Belo Oriente

Está agendada para essa quarta-feira (15) uma paralisação geral da Educação. Universidades, institutos federais e escolas de vários estados irão aderir ao movimento, que é contra a reforma da Previdência e o contingenciamento de repasses de verbas para universidades públicas e institutos federais.

Na tarde desta terça-feira (14), representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), trabalhadores filiados à CUT Regional Vale do Aço e estudantes do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) de Ipatinga concederam entrevista à imprensa para falar acerca da adesão à paralisação geral na região.
Conforme a diretora do Sind-UTE em Ipatinga, Feliciana Saldanha, serão realizados três atos na região, como parte da paralisação geral. “Na parte da manhã, teremos um ato em Belo Oriente, na Praça da Jaqueira. E às 14h, em Ipatinga, teremos uma manifestação na Praça 1º de Maio. Nesse mesmo horário, também será realizado um ato em Timóteo, com a concentração em frente ao Cefet-MG, que contará com a participação de alunos e pais”, informou.

Ainda segundo Feliciana, a pauta principal da paralisação geral é protestar contra a reforma da Previdência. “O objetivo desse movimento é mobilizar e sensibilizar a população em relação à reforma da Previdência, que ainda não foi aprovada pelo Congresso Nacional. Estamos também rumo à greve geral da classe trabalhadora, que está convocada para junho“, afirmou a diretora.

Adesão

Feliciana Saldanha destacou na entrevista que a adesão ao movimento em Ipatinga está satisfatória. “Nós visitamos escolas, conversamos com trabalhadores e a adesão está muito boa, tanto na rede municipal quanto estadual. Tem mais de 50% de adesão. Algumas escolas vão até paralisar totalmente nessa quarta-feira. E temos notado que os trabalhadores em Educação têm percebido a importância desse movimento”, enfatizou.

Coletas de assinaturas

A diretora também convidou a população para comparecer aos atos marcados para esta quarta-feira, durante a paralisação geral. “Além da manifestação, estaremos colhendo ao longo dos atos assinaturas contra a reforma da Previdência. Vamos também esclarecer para as pessoas sobre esse movimento e mostrar quantos anos a mais serão necessários para o trabalhador aposentar”, citou.

Proposta ideal

Questionada acerca da proposta ideal de uma reforma da Previdência, Feliciana Saldanha informou que deveria ser feita uma reforma que fosse discutida com a classe trabalhadora. “Não pode ser algo imposto para nós ou um modelo que beneficia apenas o sistema financeiro. Para saber a idade adequada para se aposentar é preciso ser conversado e pactuado com as entidades sindicais”, disse.

Ensino público

O aluno Maxsuel Marx, que está no quarto período do curso de Engenharia Elétrica do campus avançado do IFMG de Ipatinga, avaliou o contingenciamento de repasses anunciado pelo governo federal. “O campus de Ipatinga enfrentará muita dificuldade com esse corte na Educação, porque o orçamento geral já não fecharia até o fim do ano. E esse instituto é muito valioso para nós. Só para ter uma ideia, 75% dos alunos do IFMG de Ipatinga são oriundos de escola pública e precisam do ensino público para estudar, e com esse contingenciamento, não será possível manter o instituto na cidade”, pontuou.

Já publicado:
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Comentários

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Ivanil Vieira Guimaraes

18 de maio, 2019 | 10:17

“Sou contra a reforma da previdencia. Da forma que está, se aprovada, milhoes de trabalhadores que trabalham em ambientes insalubres serão severamente penalizados de forma desumana e perversa. Cortes de mordomias e benefícios de toda natureza devem comecar de cima pra baixo pelo Poder Judiciario, politicos, Embaixadas, nao pela massa trabalhadora, a qual de fato produz divisas para esse País e que se encontram na base da pirâmide social.”

Brasileiro

15 de maio, 2019 | 08:59

“MASSA DE MANOBRA!”

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